Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei.
- Martha Medeiros

quinta-feira, 19 de março de 2015

Uma vez me disseram que sou forte, e parei pra pensar quando foi que eu decidi que ia ser assim. Nem reparei o momento em que blindei meu coração e determinei que certas coisas não o atingiriam mais, só sei que o fiz. E já passei por situações tão terríveis que quis morrer, mas suportei, me concentrando na ideia de que a dor sempre passa. E embora leve essa força aqui, a fragilidade a acompanha. Sou forte, mas choro. Não preciso esconder o que sinto, embora pareça mais seguro. Porque eu penso que a gente deve tentar, deve ir. Quem não vai não sente, não vive. Decidi: forte é quem não se esconde. Quem encara. Se já quebrei a cara por isso? Várias vezes. Mas acredito. Sempre! Não uma fé cega, mas esperançosa. Porque dentro de mim há sempre aquela mania de acreditar que todo mundo tem um lado bom. “Tem que ter algo bom, essa pessoa não pode ser essa merda toda”. E meus amigos dizem que não, alertam, falam, colam na minha testa o quando eu sou boba por dar chances, por acreditar no lado bonito das pessoas, mesmo quando elas não acreditam. Pode parecer loucura, mas eu penso com o coração. E coração não pensa. Quando vê, já foi. Já fui.
— A menina e o violão