Foi sufocante te ver beijar outros lábios que não os meus, o terror que se expandiu no meu peito foi enorme, acho que você não entende, mais essa dor é velha conhecida minha! Doí, lateja chega a cortar a minha alma em pedaços e junto com ela vai todas as lembranças suas, sinto vergonha por te amar, por te querer bem. Sinto nojo misturado com horror ao te ver. É não te reconheço mais, hoje você já não faz mais parte da minha vida....Aproveita bem, por que eu tenho absoluta certeza que isso passa e você cansa de ser criança.

Lóoh Trj

Na hora, eu quis perguntar se tinha algo a ver com outra pessoa, mas quando estão nos abandonando ninguém nunca menciona nome de terceiros, sempre dizem nada ter a ver com outras pessoas, como se não existisse mais ninguém na cidade. E três semanas depois já estão num relacionamento sério, segundo alguma rede social que você precisará suicidar seu perfil se quiser passar os dias como um cidadão com os batimentos cardíacos moderados e operacionais.

— Gabito Nunes.  

Acontece que eu quero alguém pra amar. Mesmo que eu não saiba muito bem amar alguém. Mesmo que, as vezes, eu pareça um iceberg. Mesmo que as vezes eu pareça ser insensível. Mesmo que, quase sempre, eu seja um pouco estúpida. Eu te digo, eu quero amar. Eu quero sentir algo. Eu prometo que irei arrancar do fundo do meu ser o meu lado florido, o meu lado belo, o pouco de romantismo que ainda me resta. Não tenho culpa de ser assim, mas te digo que existe uma versão boa de mim mesma. E, eu tenho orgulho disso. Então, não desiste de mim, se isso passar em sua mente. Digo, jogar tudo pro ar, sabe? Não vá embora se achar que não tenho jeito. Eu sou uma pessoa cheia de marcas e já vivi um pouco dessa vida, mas sei muito bem valorizar quem está do meu lado. Não sei amar direito, mas eu tento. Quem sabe com o meu jeito torto, um dia eu acerto.

— Sentimental eu sou. 

Eu sinto a necessidade de te cuidar, queria poder ter aqui aninhado em meu colo, me confessando teus erros enquanto brinca com meus cabelos. Queria te ver sorrindo ao lembrar coisas boas da infância, e enxugar tuas lagrimas teimosas que escorriam entre uma frase ou outra sobre seus pais. Em meus braços você tinha paz, aqui deitados ao relento com um colchão e um cobertor nada mais, as estrelas de companhias especiais, eu me vi feliz, realizada uma princesa ocupando seu trono, naquele exato momento eu não queria mais nada que não fosse o mundo inteiro em silencio para nos ouvir trocar juras de amor.... Hoje penso em todas as frases mencionadas por você ali no calor dos meus braços e sei que você me amou, no tempo que deu, quando deu você foi inteiramente meu.

Lóoh Trj.

A saudade é sentimento que pesa, arde, queima, bate. Chega a doer de tão cruel que ela é, saudade de um cheiro, de um beijo, de um toque... de um nome, de um sorriso. E ao ler isto meu peito insiste em dizer : DE VOCÊ! Sabe algo de mim parece que vai contigo quando te afastas, e quando retornas os teus olhos me fazem inteira de novo, inteira por que completa só sou quando teus braços me juntam as partes.

Lóoh Trj.

“Bom mesmo é se sentir completo, quando se está sozinho. É saber que a falta de alguém do seu lado não corresponde à solidão.”

Agora me sinto vazia. Falta sentimento, falta abraços, falta amor ou talvez falte você. O que mais me perturba é saber que te deitas e chamas de amor outro alguém que não mais sou eu, este teu afeto me afeta em cheio. Como podes não perceber? que aqui ainda tudo lembra você. Vontade eu tenho de gritar teu nome, e te pedir que fiques, mais aí me lembro que você já partiu e eu já não posso mais te procurar porque a outra ou outras já pertencesses.

Lóoh Trj. 

“Relativas impressões que o tempo registra sobre mim, paradoxo não ouvido que fluiu de mim e não consegui dizer. Eco maldito que se espalha e corrói entre dores, gemidos e sussurros daquilo que poderia ter sido e não foi. Você não tinha nada a perder, e eu só queria ganhar, ganhar aquilo que não possuía, ganhar o que me faria feliz, você. Vi o pouco que você fez sobre o muito o que eu era, e não deu valor ao muito que fiz, para o pouco que era teu. Fiz do teu pouco o meu muito, meu quase tudo. Você não se deu conta, mas fiz germinar o teu pouco, que se transformou no muito que se tornou. E disso tudo, apenas restou decepção. Partiu sem olhar pra trás, ou ao menos dizer adeus, perdi meu muito com medo, e me tornei pouco. Acabou meu medo, como se ele já fizesse parte da rotina, em que você fazia sua presença cada vez mais escassa. Do sonho que antes projetado por ambos, hoje nasceu a desesperança. Talvez eu tenha depositado demais minhas esperanças onde nada sairia, onde nem ao menos o básico do pouco poderia ser encontrado, porém esperas fazem parte da vida. As mesmas podem alimentar vidas, assim como matam as preciosas ilusões de nossas almas. Foi caindo que aprendi, foi esperando algum reconhecimento que vi cair por terra todas as preposições de mundo que eu continha. Eu falei, ninguém ouvi, eu gritei de forma escandalosa e por resposta recebi o mais cruel dos silêncios. Eu mostrei, você ao menos parou para olhar, e foi esperando enxergar a beleza que vi a tua face impiedosa a transbordar tua mentirosa verdade. Eu toquei, você não sentiu, e foi esperando uma reação simbólica que levei um tapa, um tapa sem toque. E foi esperando pelo aroma doce, que senti o amargor do seu egoísmo. Ou talvez, eu tenha sido de fato a egoísta da história, por esperar demais, a quem não havia nada por oferecer. E hoje não espero mais nada de você. Fiz o eu que era pouco pra você, se tornar muito para mim.”